Batoré teme não ter outro personagem na Globo após papel “emblemático” em “Velho Chico”

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2017 14h24
Johnny Drum/ Jovem Pan

Depois de fazer sucesso como o detetive Queiroz em “Velho Chico”, Batoré tem receio de seus próximos passos na TV, especialmente na Globo. Convidado do Pânico na Rádio desta quinta-feira (10), o humorista relembrou da novela e falou sobre o medo de não conseguir emplacar outro personagem.

“Trabalhar [na Globo] tem um perigo que é não conseguir vender o próximo personagem e se lembrarem sempre do Queiroz. Ele ficou muito emblemático no fim da novela”, explicou.

Apesar do personagem de sucesso, Batoré lembrou que por pouco não aceitou o convite para integrar o elenco de “Velho Chico”. “Eu quase não assinei por medo de não ter capacidade. Tenho muito respeito pela dramaturgia, mas tenho dificuldade de decorar as falas”, confessou.

Assim, passado o desafio, ele afirmou que adoraria encarar uma nova novela: “Ir para a Globo foi uma grata surpresa porque me ajudou a descobrir uma coisa que eu não sabia que sabia fazer”.

Chamado no fim do processo de casting para a novela, o humorista não teve tempo de fazer laboratório para o personagem, mas contou com a ajuda dos atores experientes nos bastidores.

“A primeira cena que gravei foi com o Rodrigo Lombardi e ele foi um parceiraço. Ele me deu uma assistência muito humana e generosa”, revelou.

 

Carreira política

Além de ser um dos grandes nomes do humor nacional, Batoré já foi vereador em dois mandatos. Questionado se pretende retomar algum cargo nesse momento nebuloso do país, ele foi direto.

“Eu pretendo ser ativo na política, mas vai depender dos meus trabalhos. Tenho vontade, mas minha prioridade é minha carreira”. “Temos que melhorar a política e por isso quero continuar”, emendou.

O humorista, inclusive, ia se candidatar para as eleições de 2016, mas foi impedido por conta do trabalho em “Velho Chico”.

Batoré ainda insistiu na necessidade de pessoas públicas discutirem a situação do país com a seriedade necessária. “Levamos para o lado pejorativo, mas ela é fundamental na nossa vida”, falou.

“No [meu] espetáculo não falo de política porque é um assunto sério e procuro discernir as coisas, mas ser humorista não significa que não somos sérios. Precisamos discutir essas coisas. Nós, artistas, temos que ter posicionamento porque temos voz ativa”, defendeu.

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