"Sinto falta de atores com base grande", opina Marcelo Médici sobre elenco "jovem" da Globo

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2017 14h34
Johnny Drum/ Jovem Pan

O mundo está muito chato ou o humor está passando dos limites? Marcelo Médici, que está prestes a reestrear “Cada Um Com Seus Pobrema” nos palcos de São Paulo, passou pelo Pânico na Rádio nesta terça-feira (9) e opinou sobre o assunto.

Para o humorista, “o mundo está chato hoje” e, justamente por isso, “o humor tem que ser uma resistência”. “Nenhum tipo de humor deve ser proibido”, defendeu ao falar sobre a forma como algumas piadas beiram o preconceito.

“O humor não cria o preconceito, pelo contrário, ele expõe o preconceito e não entendo o que há de ruim nisso”, falou. “O humor tem que brigar e resistir porque senão não vamos poder fazer mais nada. Tem que poder tudo”, disse ao exemplificar com a piada feita por Rafinha Bastos no “CQC” com Wanessa Camargo. “Era uma piada e ele tem todo o direito de fazer”, defendeu.

Médici, que ganhou destaque na Globo com personagens que vão dos cômicos aos dramáticos, ainda comentou sobre a decisão da emissora de “renovar seu elenco” e contratar atores mais jovens.

“Tem que abrir espaço para o novo. As pessoas querem ver jovens, mas confesso que sinto falta de ver um ator com uma base grande, que realmente interprete os personagens que viravam febre”, declarou. “Os atores criavam todo o personagem, não pintavam só o cabelo”, ironizou.

E por falar em Globo, o humorista disse não ter vontade de seguir os passos de comediantes como Marcelo Adnet, que ganharam seu próprio programa na emissora. “Há um tempo atrás tive conversas superficiais sobre ter um programa, mas não tenho esse desejo. Um programa só meu é muita responsabilidade”, afirmou.

Longe da TV, Marcelo Médici vai reestrear “Cada Um Com Seus Pobrema” em São Paulo dia 10 de maio. Apesar de ser a mesma montagem da peça original, de 2004, o humorista contou que fez adaptações no roteiro.

“É a mesma peça, mas muita coisa mudou em 13 anos, então tem que ir atualizando”, falou ao contar que a maioria das histórias mostradas na peça são verdadeiras. “90% das histórias são reais. Não há nada mais engraçado do que a vida”, disse.

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